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sábado, 29 de março de 2014

Pequenas Felicidades ??????

A primogênita e o caçulinha
Morango COM morango
Isso se chama PAZ
Amor, amor, amor e mais nada






terça-feira, 25 de março de 2014

Uma pequena de 3 anos, uma barriga enorme de 5 meses e outras coisitas mais


As noticias de tão tão distante são mais ou menos assim ...

Uma moça de 31 anos recém completados que tomou a decisão de cuidar um pouco do maridão da sua pequena e do seu novo filhote que em breve vem ao mundo após 10 anos de um emprego que muitos apostariam ser o melhor lugar dentro de uma empresa (assunto para um outro post).

Uma faculdade concluída com louvor mas que me custou o 1 aninho da minha pequena e uma segunda faculdade ainda no comecinho (1 ano, segundo semestre) mas que já me trouxe tanto conhecimento e sentimento de realização que nem estou muito preocupada com o fim.

Aproximadamente 22 semanas de gestação (confirmação amanhã na ultra), e até aqui tivemos muita dor e desconforto, pneumonia, infecção na urina, cansaço absurdo, desejo apenas por arroz e feijão e nada mais, já sinto meu filhote mexer a algum tempo e a barriga esta enorme ou seja uma gestação BEM diferente da primeira, alias na primeira gestação eu vivia muito mais da euforia pela ideia de se ter um bb do que qualquer outro sentimento, hoje eu sinto medo a cada exame que faço, alivio a cada vez que ouço o coraçãozinho batendo e a preocupação quando não percebo a movimentação deste pequenino ser fazendo festa na minha barriga.

Depois de muito questionamento a minha pequena grande garota entendeu que ter um irmão pode ser legal também, ela esta cada dia mais vaidosa (e isso vem dela mesmo) se pudesse só usaria vestido, e esta sempre com alguma bolsinha a tira colo e algum brilho labial que provavelmente ganhou de alguma tia, se comportou muito bem durante o tempo que estive doente, é uma criança gentil e educada. A mais nova de suas doçuras é perguntar o nome de meninas desconhecidas de aproximadamente a mesma idade e após ouvir o nome diz "qui nome lindo", tem paixão por comer em restaurante e desde sempre dispensa todo e qualquer brinquedo de presente por passeios, seja pequenas viagens a novas cidades, seja teatro/ circo/ cinema/ parque de diversão, seja praia, seja piscina e por aí vai. Ainda chupa chupeta para dormir e depois de muito me incomodar com o assunto eu pensei que "tudo bem" ela não vai fazer isso para sempre e agora com a chegada do irmãozinho não é a melhor hora de "comprar esta briga".

Marido me surpreende sempre, ele costuma dizer algo que pude comprovar nos últimos dias "as pessoas costumam brigar por problemas pequenos pq nos problemas grandes as pessoas se unem". 

Enfim as coisas não estão todas como eu gostaria que estivessem, mas ainda assim eu prefiro agradecer e acreditar que estamos caminhando para dias melhores.

Espero voltar em breve afinal de contas este cantinho sempre me trouxe coisas boas.

Beijos com carinho Si.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

SER MÃE DE MENINO - Texto de Lila Rosana - O melhor texto que li desde que me descobri mãe de meninO ... ainda mais nos tempos de hoje.


O texto é longo mas cada palavra é muito bem colocada, totalmente coerente e um abraço quentinho para quem esta ou estava confusa assim como eu.

Uma amiga, que está grávida de quatro meses, descobriu-se mãe de um menino quando pensava que seria mãe de sua segunda menina. Surpresa está se perguntando e me perguntou: como é ser mãe de um menino? Eu lhe respondi que é uma experiência maravilhosa. Ri quando ela me fez a sua segunda pergunta: mais maravilhosa que ser mãe de uma menina? Bem, aí eu não sei responder, pois não sou mãe de uma menina (pelo menos por enquanto), mas o que eu quero dizer é que ser mãe de um menino é diferente e pode ser tão gostoso quanto.

  

Essa amiga me inspirou para escrever sobre a arte, a beleza, a delicadeza e a responsabilidade de ser mãe de um garotinho. Sou mãe de um e simplesmente adoro. Nós brincamos juntos, saímos para passear, assistimos DVD, viajamos, vamos ao cinema, a parques, etc. Com os meninos podemos fazer muitas coisas legais!

O meu filho é um garoto muito sensível, com muita percepção de si e do outro, assim como da natureza. Comento isso não para elogiar publicamente o meu bambino, mas para exemplificar que sensibilidade, empatia e percepção são potenciais que precisamos ajudar a desenvolver em nossos filhos e nos meninos em especial, pois os nossos garotos sofrem com uma educação machista e eles precisam muito de amor, delicadeza e sensibilidade tanto quanto as nossas garotas.

É importante lembrar que num tempo não tão distante assim, nascer um menino era uma benção e uma menina uma falta de sorte. Ainda bem que as coisas mudaram um pouco no contexto cultural, mas, ainda hoje em alguns países meninas podem ser vendidas, abandonadas, etc. Você deve estar se perguntando por que estou falando sobre isso quando o tema é ser mãe de menino? Aí é que está a questão. Ser mãe de menino é, além de tudo, uma grande responsabilidade social, pois os meninos também estão sofrendo com esse formato de educação permeada pela insensibilidade e autoritarismo que damos a eles. Para termos um mundo melhor, precisamos criar e educar filhos mais felizes, saudáveis e sensíveis diante da dor do outro, para este último damos o nome de empatia (colocar-se no lugar do outro). Ensinar empatia é algo fundamental e indispensável na educação de nossos meninos.

Percebo nas mães a sensação de prazer em ser mãe de uma menina. Elas falam do companheirismo e da amizade que as filhas podem proporcionar e do receio em ser mãe de meninos pelo motivo contrário. Eu particularmente conheço muitos meninos companheiros e amigos de seus pais. Eles são assim se o educarmos para serem assim.
O que acontece é que a educação dos meninos está recheada de preconceitos e tabus*, pois muitos pais têm medo de educar seus filhos homens com delicadeza e sensibilidade por receio de se tornarem femininos, delicados ou sensíveis demais, como se homens não o pudessem ser.

Nos EUA foi feita uma pesquisa curiosa sobre como lidamos emocionalmente diferente com meninos e meninas. A pesquisa foi feita em uma maternidade e consistia em vestir os bebês meninos com roupa cor de rosa e os bebês meninas com roupa azul. As pessoas que visitavam os bebês pegavam as supostas meninas vestidas de cor de rosa, no colo e com muita delicadeza faziam voz macia, gesto delicado, diziam frases sensíveis para expressar carinho, etc. As pessoas que pegavam os supostos bebês meninos vestidos de azul no colo o faziam com menos delicadeza, pois eram meninos, a voz era mais grossa para expressar carinho, os gestos menos delicados e a sensibilidade menos expressa. No final de cada visita, era revelado aos visitantes o verdadeiro sexo dos bebês, o susto era grande e a mudança de comportamento em relação aos mesmos, visível. Essa pesquisa mostra como de fato as pessoas lidam, educam, pensam diferente em relação aos meninos e meninas.

Muitas mães querem ter uma menina para ir às compras, ao salão de beleza, as festas, para enfeitar com coisas legais no cabelo e corpo, etc. Os pais querem um menino para levar para o futebol, para a natação, oficina, etc. As meninas fazem coisas de menina com a mãe e os meninos fazem coisa de menino com o pai, com isso a família vai se fragmentando sutilmente e os valores ficam distorcidos em relação à educação, cultura e amor de pais. No futuro, quando se tornam adultos, a moça não terá muito que fazer, conversar com o pai e o rapaz não terá muito que fazer, conversar com a mãe, não por culpa deles, mas eles aprenderam que era assim: tudo fragmentado.

    

Existe algo que muitas vezes os pais esquecem: que os filhos existem não para atenderem as nossas necessidades, mas para se tornarem indivíduos saudáveis e cumprirem o objetivo que os trouxe à vida. Nós pais precisamos ajudá-los nisso. É a nossa missão! Existe uma frase que sempre digo em oração ao meu filho desde que ele estava em meu ventre “Que você meu filho se torne um homem Honesto, Justo e Bom”. Para mim, honestidade, justiça e bondade, são valores que precisam ser ensinados e valorizados em nossos filhos acima de qualquer outro.

Nós como pais, precisamos refletir sobre quais valores estamos repassando, ensinado aos nossos filhos, e acima de tudo se estamos tendo tempo de ensinar tais valores ou se estamos delegando essa importante e vital tarefa a alguém, pois muitas vezes preferimos ficar até tarde no escritório enquanto alguém ensina o dever de casa ao nosso filho, ou mesmo a tocar piano ou a jogar bola. Como bons e dedicados pais pagamos todas as contas, mas não educamos os nossos filhos. Com isso, perdemos fases preciosas da vida, nossa e deles, momentos valorosos onde podemos construir afeto, união, amor e desenvolver filhos saudáveis.

Na educação de meninos, observo muitos pais tendo uma postura que paira o descaso e chega à irresponsabilidade, permeada pelo seguinte argumento: “É um menino, precisa aprender desde cedo a se virar sozinho e a ser independente e forte, a ser homem. Deixa ele se virar!” Infelizmente é esse tipo de pensamento e educação que está deixando os nossos meninos perdidos, confusos e com conflito de identidade.

Imagine-se no lugar de um menino que em uma idade que precisa de educação, proteção e orientação, é deixado sozinho para aprender, que tipo de menino você se tornaria? Sensível para com a dor do outro? Bondoso? Justo? Provavelmente não, pois esses são valores que precisam ser ensinados por alguém. Quando estamos sós e perdidos, aprendemos com o que está ao nosso alcance, e valores morais não estão tão acessíveis assim no dia a dia.

Os meninos precisam de atenção tanto da mamãe quanto do papai, pois cada um vai passar um tipo de conhecimento ao filho homem. A mãe vai lhe ensinar sobre amor e segurança, acolhimento e sensibilidade. O pai vai lhe transmitir interesses por atividades, competências, habilidades, afabilidade, humor, equilíbrio, masculinidade (que é diferente de machismo). A vida dos meninos caminha melhor quando a mãe e o pai estão por perto educando-o. Quando um deles se ausenta de manifestar calor e afeto, principalmente nos primeiros anos de vida, para suportar a dor e o sofrimento, o menino “desliga” a sua parte mais terna e amorosa, tornando-se uma criança triste ou raivosa, por exemplo.

Um dia escutei de uma mãe desconhecida em uma praça pública, uma conversa que me pareceu absurda. Ela estava com um bebê de aproximadamente seis meses e disse à outra pessoa que não gostava de deixá-lo no colo por muito tempo que isso iria mimá-lo demais, que ela o deixava no berço a maior parte do tempo para ele ir se tornando independente dela. Penso que esta mãe não tinha a intenção de maltratar seu filho, apesar de está-lo fazendo, mas sim que era ignorante na arte de educar uma criança. Abraçar, beijar, cheirar, brincar, rir, criar afeto, vínculo, demonstrar amor nunca é demais, não mima, não estraga filho; o contrário sim!

Para termos filhos meninos ou meninas felizes e saudáveis, precisamos demonstrar carinho, afeto, amor, dizer o quanto eles são importantes. Vamos elogiar sua conquista por menor que pareça para nós, mas para eles, ela deve ter sido enorme. Vamos parabenizar pela nota conquistada, por mais que não tenha sido a desejada, e dizer: “na próxima vez você vai se esforçar mais e vai conseguir uma nota melhor, eu tenho certeza e acredito em você!” Vamos exigir menos e acreditar mais, incentivar mais, cuidar mais, estar mais por perto. Eles com certeza sentem a sua falta.

Ame, beije, abrace seus filhos não importa se eles têm cinco, dez ou quinze anos…

FONTE: http://tribunadoceara.uol.com.br/blogs/lila-rosana/sem-categoria/ser-mae-de-menino/#

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

O que trago no peito

Então os dias aqui seguem como diz minha grande amiga Martha "uma montanha russa", mas se eu não registrar o que estou vivendo agora saberemos daqui a muitos anos só da parte feliz sendo que a parte dificil também nos ajuda de alguma maneira.

Vamos por parte ?

ISABELA

Continua sendo a garotinha de 3 anos e meio mais adorável do mundo, por onde passa encanta e surpreende pela inteligência, por algum motivo que ainda não exato "pode ser" o assunto ano que vem muda de escola e vai para o pré, "pode ser" a chegada do irmãozinho, "pode ser" apenas o tal salto de "independência" dos 3 anos, mas o fato é que ela esta canalizando a inteligência dela para as coisas ruins, entre elas desafiar os adultos, fazer birra das piores em locais públicos com o único intuito de enlouquecer os pais sem um motivo real, teve reclamação da escola, teve reclamação da avó que esta sempre defendendo as travessuras, e teve reclamação minha e do pai, mas esta não temos a quem repassar, né ? 

O BABY

Sim ele já tem nome, esta crescendo saudável apesar da médica ter se preocupado com a minha perca de peso, chegamos ao 4º mês de gestação com dores, mal estar, e muito vômito. A minha GO é a pessoa mais fofa do mundo, ela me ouve, ela me entende e me respeita, já falamos sobre o parto e ela apesar de deixar bem claro que não pode assumir a "disponibilidade/ instabilidade" que é o PN me deu a maior força e avaliou o Hospital do Servidor, como uma ótima referencia me deixando um tanto mais tranquila. Estamos/ EU com quase tudo organizado na mente (decoração, enxoval, papel de parede, móvel, lembrancinha) mas poucas coisas realmente compradas, ta certo que não resisto a algo fofo mas estamos bem longe da qualtidade absurda de coisas que ainda teremos que comprar.

EU "por mim mesma"

Nesta gestação me sinto mais bonita, mas na gestação da Isabela me sentia radiante mesmo com mil espinhas pelo rosto, tenho me sentido meio calada e inquieta, o lado bom é que eu me dou a chance de curtir o meu novo momento (pq com a Isabela eu me sentia na obrigação de "desfilar a barriga"), depois de MUITA briga eu e marido nos acertamos e estamos em dias de paz .... que ele não leia esta parte pq ele retruca na próxima briga, mas a grande maioria dos conflitos vinha do meu momento e das minhas preocupações e ele apesar de tentar me ajudar, fazia pela maneira errada e sempre piorava .... O meu lado profissional esta num processo de guinada total com direito a muita gente dizendo "é mais se vc pode, claro que é o melhor" não gente não se trata de poder se trata de colocar em ordem as suas prioridades na vida.

E claro que a minha/ nossa vida não esta separada assim por capítulos e claro que também não se resume a apenas 3 tópicos, mas as vezes a cabeça esta bagunçada e os dias vão passando e eu não quero deixar de registrar nada.

Espero voltar com mais frequência pq este cantinho aqui me trouxe muita coisa boa e é nele que eu sinto pessoas normais e reais, sem mascara e sem tanto sorriso forçado.

Beijos com carinho,

Si....

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

"to legal, apesar disso tudo eu to legal"

Sabe todo aquele papo de que sou uma menina forte ? então, troquei de escola pelo menos 3 vezes durante a infância e de cidade 2 vezes, tempo suficiente para desestabilizar uma menina tímida e cheia de complexos.

Passei uma vida inteira praticamente tendo uma "melhor amiga" e então acho que esta sim foi uma lição valiosa que aprendi na marra, "quem tem um não tem nenhum", amigos são todos bons, mesmo cada um com seu "defeito", quanto mais melhor.

Me envolvi de corpo, alma e coração aos 16 anos com alguém quem sem dúvida não valeu a pena, mas toda a minha insegurança e falta de ponto de referencia me amarrou aquela situação de amor e ódio por 5 anos. Claro que tanto tempo depois o único sentimento que ainda resta deste assunto é a minha filha, como eu poderei fazer diferente para ela não se sujeitar a ter um "amor" que te destrói apenas para "ter alguém" e não se sentir só.

Passei um longo período dentro da igreja e percebi infelizmente que é mais ou menos assim "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço" e daí para justificar o povo (que óbvio tem muita gente abençoada e entregue de alma na causa e óbvio que não é destas pessoas que estou falando) mas para justificar tanta tranqueira e atitudes ruins repete "a igreja é feita de seres humanos" e eu até acho que é exatamente isso, mas a partir do momento que a pessoa erra, permanece no erro e se esconde a traz do "perdão de Deus" ela esta querendo tapear alguém e não é Deus pq Este tudo sabe tudo vê.

Já tentei fugir dos problemas, das pessoas e das decepções vividas da pior maneira suicídio nunca resolve nada, ele até te ajuda a fugir da situação, mas hoje olho para o meu lar, minha filha, este segundo coraçãozinho que bate dentro de mim e claro o marido abençoado que eu recebi e eu me arrependo e peço perdão a Deus.

Fazem mais ou menos 10 anos que eu venho lutando pela tão sonhada estabilidade, não consegui pq o que me parecia estável até fevereiro do ano passado já não me preenche hoje, ter que abandonar, olhar para frente e dar um passo rumo ao desconhecido assusta, mas esta inquietude que realmente nasceu comigo de querer e buscar sempre o melhor para mim e para os meus me move, me orienta e me traz paz.

Um passo de cada vez afinal de contas, não há tristeza que dure para sempre, nem felicidades que nunca se acabe.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Dias melhores para sempre *-*

Eu confesso que ainda me pego pensando em como serão as coisas depois que o baby nascer, não sei é um misto de sentimentos e o não permitir a minha pequena perder a sua "exclusividade" ou pelo menos não só perder, perder e perder.

São desde as pequenas coisas, a exemplo este texto que já não fala exclusivamente mais dela e para ela e sim da gente, talvez de mim, ai ai tanta coisa, mas não são lamentações apenas excesso de preocupação típicas de uma mãe.

Hoje o baby (que é um menino e por mim já esta definido com nome, mas como o pai ainda não aceitou estou chamando de baby mesmo) já esta inserido dentro de mim (hahaha piada né ?) na verdade dentro da minha alma, eu já respiro este serzinho tão pequeno, tão meu amigo, meu pequeno dos olhinhos de jabuticaba, o papai esta apaixonado tanto quando foi com a pequena Isabela, mas agora tem algo dentro da gente que torna toda esta fantasia da gestação realidade (eu sei complexo), a Isabela já não esta tão arredia com o assunto, mas vira e mexe quer comprar tudo rosa, para quem sabe mudar o destino, mas eu sei que ela será a melhor irmã do mundo.

Eu ainda não sei explicar, mas a sensação é de que depois de nadar horas, meses e anos eu finalmente estou no momento da calmaria, claro que pouco antes passei pelo olho do furacão e por um pouco eu acreditei que não conseguiria passar esta fase, para ser exata o momento critico durou 1 ano, muito né ? Agora sim, parte resolvida, parte com metas e perspectivas, parte confiante, feliz e espero finalizar com um "realizada".

Bom por enquanto eu não posso dizer nada ao certo, mas eu precisava voltar e agradecer os abraços recebidos no post anterior, as manifestações de carinho que tenho recebido de quem estar perto se não de corpo certamente de alma.

Eu volto, espero em breve e com muito mais boas noticias.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Talvez um testemunho de vida ... Talvez apenas magoas

PAUSA .... este é apenas um registro de "magoas" para ver se quem sabe limpo a alma" DESPAUSA

Por algumas vezes minha grande amiga Martha questionou o "abandono" ao blog e o pq de não registrar todo o turbilhão de sentimentos que venho passando, afinal de contas é um momento da minha vida que não volta mais. Fiquei com dúvidas, relutei, até mesmo pq não gosto de reclamações sem fim, mas talvez fique um buraco nesta história quando algum dia minha pequena for ler estes registros (afinal de contas, tudo isso é para ela, com a intensidade do momento).

Para falar a verdade eu ainda não sei por onde começar, talvez desde o dia que nasci (minha mãe dizia que eu tinha choro de gente forte e por isso nunca me deu muita atenção, esta sempre foi a justificativa dela). Mas se eu for me alongar neste tanto eu não vou chegar no que vem acontecendo hoje, 30 anos depois.

Estou a 10 anos em um emprego, para quem olha de fora o melhor do mundo, e já cheguei a ouvir que eu estou no cargo mais privilegiado, talvez sim, mas não hoje, não no momento que a vida chegou, neste meio tempo eu tive mais uma e talvez a pior briga de todas com a minha mãe e em uma fuga desesperada eu sai de casa dizendo nunca mais voltar (ela não foi me procurar e eu tive que manter minha palavra), namorado apaixonado decidiu que ficaria ao me lado para sempre, alugamos uma casinha, compramos tudo num crediário nas Casas Bahia, comemos muita comida ruim e revezamos o nuggtes e a batata frita congelada por muitos anos, parte deste emprego eu também estive em uma faculdade, marido cuidava de tudo em casa e ainda cuidava de mim por muitas vezes histérica, e este ciclo foi longo e cansativo, até que veio a minha pequena Isabela, ultimo ano de faculdade "o que fazer ?", sou comprometida demais para abandonar, afinal de contas a faculdade não era só para mim, era para o crescimento da nossa família, quantas e quantas vezes cheguei por volta das 11 da noite e ainda ia para o pronto socorro pq a pequena estava com cólica ou dente nascendo ou uma febre qualquer que enlouquece pai e mãe de primeira viagem e como tínhamos apenas 1 carro esta era a nossa realidade, chorava ela e chorava eu.   

O tempo passou, eu me formei, chorei, senti orgulho de mim, marido chorou, sentiu orgulho de mim, afinal de contas era uma vitória nossa, minha pequena com 1 aninho já e muitos momentos que nunca mais voltaram e que eu nunca mais vou ter (como os primeiros passinhos que eu não vi).... então é isso o tempo passou, você entende, o tempo passou, meus pais estavam na formatura a esta altura eu já tinha feito de tudo para recomeçar uma vida e esta nova vida não seria completa sem meus pais. Mas a vida é cheia de linhas tortas e veio a menopausa da minha mãe e junto com ela a depressão, eu me desdobrei, me mostrei forte, acompanhei ao médico, peguei no pé pq remédio tem que ser tomado sempre e não só quando dá as crises, fugi do serviço sem olhar para o lado todas as vezes que ela estava tendo algum "ataque histérico", mimei com coisas materiais e guloseimas, tentei facilitar o fardo e me mostrei aquele bebê forte que ela sempre disse que sou .... dentre as muitas frases "absurdas" uma é "eu sempre fui fraca, desde sempre, você não você é uma menina forte, me desculpe não ter sido a mãe que você merecia, mas eu nunca prestei para nada mesmo".Eu sempre, sempre, sempre com palavras do tipo "imagina você sempre deu o seu melhor", mas existem tantas pedrinhas ao longo do caminho, que alguma hora por mais que você preste atenção, uma hora você tropeça, e o nosso tropeço veio no dia que eu descobri que estava gravida do meu garotão, fazem apenas 4 meses que dei a noticia e nosso telhado de vidro foi atingido por alguma daquelas tantas pedras deixadas no caminho, ela diz que ficou em choque (e deve estar até hoje pq NADA mudou), não recebi um abraço, o único comentário que talvez ela nem se lembre mais foi "se você realmente estiver gravida, coisa que eu não acho, você esta esperando um menino, e vai se um menino feio" o assunto "baby" incomoda ela e eu percebo isso, ela tenta não participar, como ela mesma disse em uma das tantas ligações "ela não tem amor para dar a este baby, tivemos mais uma das tantas brigas, ela como sempre uma vitima, uma pessoa fraca e eu mais uma vez gritando enlouquecida pela simples falta de um apoio materno neste momento.

Vieram as férias, Ilhabela é perfeita, aluguei uma pousada para meus pais, (irmão, cunhada e sobrinhos também estavam conosco) pousada pq no flat que ficamos a reserva mínima era de 7 dias e eles foram passar apenas o final de semana, descemos em carros separados no sábado, eu demorei muito mais para chegar (sem presa talvez afinal de contas teríamos lá 7 dias), soube que meus pais estavam descansando (respeitei), a noite eu soube que minha mãe estava em mais um ataque histérico de que odeio ela, de que eu não queria que eles tivessem ido e nada tirava isso da cabeça dela, voltei para o flat (com marido a pequena e meu irmãozinho) e me senti perdida, tendo mais uma vez que ser forte pq as crianças não tem nada com isso, acordamos, eu respirei fundo, era aniversário do marido, ligamos para o meu pai que disse já estar atravessando a balsa para voltar para SP pq minha mãe não estava bem (liguei no rádio, estava no viva voz, e eu falei muito do que estava entalado na minha garganta, não adiantou, mais uma vez voltei para o flat, desta vez eu chorei horrores e mais uma vez eu tinha que ser forte, as crianças já tinham presenciado muito mais do que mereciam, conversei com eles e disse que se eu estragasse o passeio deles e o niver do marido eu estaria sendo igual a ela, irmão cunhada e sobrinhos chegaram e fomos passear de lancha, foram dias lindos, com o coração inquieto eu confesso mas de certo modo feliz.

A volta a realidade/ rotina é um pouco mais complicada pq existe o reencontro, e depois já vem o Natal e por mais que eu sempre sonhei com um Natal destes com toalha vermelha, presentes em baixo da arvore, o amor estampado nos rostos, eu nunca tive, eu sempre senti que forcei um pouco as comemorações "tem que ter, vamos fazer, e se a gente comprar tal coisa", este ano deixei para sentir se seria convidada e não fui, ficamos em casa, confesso que foi triste, para mim, pq o Filipe nunca teve mas tb não liga e a Isabela estava dormindo a algum tempo já.

E eu ainda nem estava recuperada quando chegou o ano novo e se eu acreditasse em superstição eu diria que vou passar 2014 chorando, na hora exata dos fogos, da janela do quarto dava para ver a cidade em festa, marido abraçado a mim e eu sentindo uma tristeza sem fim, a Isabela seguindo a rotina já dormia a muito tempo, o ano virou e eu decidi que era a hora de mudar TUDO o que me incomodava, eu confesso não esta sendo fácil, parte das minhas decisões já estão em pratica, eu continuo chorando dias e noites, mas eu estou confiante de que logo eu alcanço meus objetivos, a vida não é fácil e eu sei disso acho que desde sempre, a pergunta que eu me faço constantemente é pq e como chegou neste ponto .... mas eu sou forte, lembra ? Deus esta comigo e acho que este é aquele momento na canção em que só existe 1 pegada na areia.